No capítulo 4 – educação e Conscientização Paulo Freire pormenoriza suas experiências de alfabetização de adultos que foram realizadas o Brasil. O autor começa colocando a importância de considerar os déficits da educação: 4.000.000 de crianças em idade escolar sem escola e 16.000.000 de analfabetos na faixa etária a partir dos 14 anos. Esses dados negativos constituem um obstáculo para o desenvolvimento de uma mentalidade consciente que Freire tanto defende ser necessário.
O livro mostra que através do Projeto de educação de adultos que Paulo Freire coordenava foram lançadas duas instituições básicas de educação e cultura popular: O círculo de Cultura e o Centro de Cultura. O funcionamento se dava de maneira que o professor instituía debates com os grupos. A programação e os temas dos debates eram sugeridos e enumerados pelos próprios sujeitos dos grupos que estavam sendo trabalhados.
Os debates eram apresentados em forma de diálogos. O dialogar seria a relação horizontal entre os pólos. O amor, a esperança e a fé um no outro são características essenciais pra uma comunicação voltada para formação de indivíduos críticos que estão em busca de algo.
Paulo Freire afirma que é impossível uma alfabetização puramente mecânica, é necessário alfabetizar e ao mesmo tempo transformar a ingenuidade em consciência crítica. O sujeito não será passivo no processo, mas trocaria relações com as realidades dos mesmos.
Em suma a educação que Freire defende seria conscientizar para depois alfabetizar. Só assim será possível a construção de uma mentalidade democrática.
DANUBIA RANIGEL
Nenhum comentário:
Postar um comentário